CAMINHANTE, NÃO HÁ CAMINHO…

Nesta vida todos somos caminheiros. Cada qual tem seu caminho a percorrer, suas marcas a deixar que confirmam sua passagem por aquele caminho.

“Nunca ande pelo caminho traçado, pois ele conduz somente até onde outros foram”, disse sabiamente Alexander Grahm Bell.

Antonio Machado, citado por Rubem Alves no livro ‘Desatando Nós’, ferido pela dor do caminho, assim se expressa: “Caminhante, não há caminho; se faz caminho ao andar.”

Nem sempre o caminho escolhido é o certo, o que conduz a um bom termo. Nem sempre fazemos a boa escolha. Caminhos largos e ensolarados podem nos trair.

“Não há estrada real para a felicidade, mas sim caminhos diferentes. Há quem seja feliz sem coisa nenhuma, enquanto outros são infelizes possuindo tudo”, diz Luigi Pirandello.

Caminhos estreitos, pedregosos, íngremes, é o que mais há e parecem ser os que mais se aproximam da realidade da vida.

O grande Kahlil Gibran assim se expressa: “Quando o amor vos fizer sinal, segui-o, ainda que os seus caminhos sejam duros e escarpados. E quando suas asas vos envolverem, entregai-vos, ainda que a espada escondida sob sua plumagem vos possa ferir.”

Um texto judaico, assim reza: “Covarde é aquele que não abre novos caminhos na vida, nem emprega suas forças para enfrentar os obstáculos.”

Por vezes seguimos caminhos largos e fáceis e nos alegramos por havê-los encontrado. No entanto, Paulo Coelho adverte: “Uma coisa é achar que está no caminho certo, outra coisa é achar que seu caminho é único. Quando uma pessoa encontra seu caminho precisa ter coragem suficiente para dar passos errados. As decepções, as derrotas, o desânimo são ferramentas que Deus utiliza para nos mostrar a estrada.”

O importante é seguirmos sempre, sem parar, sem olhar para trás e sem invejar o caminho dos outros, pois é tempo de travessias e se não ousarmos fazê-las ficaremos sempre às margens de nós mesmos.

“Os nossos caminhos são inumeráveis, mas incertas são as nossas estadias.” – Saint John Perse.

Caminhemos, pois, com os olhos fitos na luz que ilumina nossos passos.

“Sou uma pessoa feliz.

Amo muito a vida

E dela sou aprendiz;

Tenho várias paixões,

Mas, como qualquer um

Possuo imperfeições.

Se os caminhos desta vida

Ainda não sei de cor,

Pelo menos busco,

A cada dia,

Tornar-me alguém melhor

(Dennis Távora)

 

Texto por Vilma Scherer